Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Zanadu!

Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

Zanadu!

Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

Acerca da falibilidade matemática das bicicletas

por Tiago, em 06.04.15

Se há personagem interessante no ciclismo actual é o sprinter britânico Mark Cavendish; pelas inúmeras vitórias mas acima de tudo pela personalidade refrescante: um atleta tão rápido nos sprints como lento a subir montanhas, sempre consciente do papel da sua equipa nas suas conquistas mas, acima de tudo, alguém excepcionalmente desbocado para a enorme projecção mediática que tem. 

O seu desenvolvimento como atleta foi baseado em corridas de pista o que é muito comum em países anglófonos como a Grã-Bretanha ou a Austrália. Para quem está mais por fora destes assuntos, é nos velódromos que estão os matemáticos do desporto que procuram resumir todas as performances dos atletas a um conjunto de números que possam ser continuamente analisados e melhorados. De facto, e em comparação com o ciclismo de estrada, o velódromo é um ambiente excepcionalmente controlado onde é possível isolar variáveis e assim potenciar a performance do ciclista através de modelos fisiológicos mais ou menos complexos.

Assim, e numa época em que equipas como a Sky procuram aplicar estes métodos ao ciclismo de estrada esvaziando-o de tudo aquilo que historicamente fez os grandes campeões (raça, ambição, paixão e capacidade de sofrer), é bonito ver um "discípulo" desta escola ter um discurso tão anti-científico na sua biografia "Boy Racer".

In a sport growing ever more obsessed with science, a kid whose performances on the road simply didn’t seem to translate into watts in the lab was always likely to be confusing and sometimes infuriating. Generally, leading teams were and still are managed by old pros who knew from their own experience that cycling is much too complex to reduce to a mathematical equation, but, in recent years, ironically, cycling has seen sports scientists as the revolutionary soldiers to lead cycling out of its doping crisis.

I was like a bug in his computer which ruined all his sums. I had two things that he couldn’t plot on a graph: passion and an ability to suffer. To me there was no limit. There was no universal rule of cycling except that the bloke who rode fastest won the race.

Hat-trick nos Campos Elísios com a camisola arco-íris de campeão do mundo. 

Acerca da epifania matemática

por Tiago, em 11.03.15

Era só para dizer aos Fanáticos Dos Pópós (na terminologia portuense) que inventaram o cálculo integral (sim Gottfried Wilhelm estou a falar para ti mas também para o Johann Carl Friedrich e para o Sir Isaac) que se tirassem o rabo das cadeiras das grutas onde lhes ocorreram tais ideias e fossem andar de bicicleta num dia de vento iam chegar rapidamente à conclusão que, num campo vectorial conservativo, a circulação numa curva fechada não é nula.

E não me venham com teoremas da divergência, teoremas de Stokes ou teoremas de Green; simplesmente não resistem a um pequeno choque com a realidade para lá das equações. A dor nas minhas pernas desmente as fantasias criadas por esses charlatões!

 

Mais sobre mim

foto do autor

Arquivo

  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2016
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2015
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2014
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2013
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D

Links

Blogs