Nesta altura de campanha eleitoral é sempre fácil haver quem atire pedras aos malvados do FMI que, alegadamente, nos esmifram até ao tutano. No entanto, e só por isto, já vale a pena que eles apareçam cá regularmente para uma visita.
Outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe?
E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar? Partir e aí nessa viagem ressuscitar da morte ás arrecuas que me deste.
Ao fim de 0.2s deste primeiro vídeo, os fãs mais encarniçados já terão reconhecido o som típico dos Capitão Fausto. É impressionante como conseguem pegar numa música relativamente obscura dos Xutos e dar-lhe uma roupagem tão característica mantendo no entanto a matriz do original. Agora fico a aguardar a versão de Prodigy com letra dos Xutos, referida no contexto da entrevista na Rádio Comercial a propósito do Marés Vivas.
Só o teu corpo é que me tenta
Mas adormeço se me deito com a morte lenta!
Eu não quero morrer devagar!
Eu não quero morrer devagar!
Periodicamente é referido o talento de António Variações como algo ímpar na música portuguesa; pessoalmente, a sonoridade muito datada das gravações originais afasta-me um pouco das suas canções. No entanto, projectos como os Humanos ou covers mais recentes de pessoas ilustres como Tiago Bettencourt (Canção do Engate) ou Gisela João (Anjo da Guarda) tendem a reaproximar-me de Variações. Além destas, destaco a abordagem meio punk, meio psicadélica tão típica dos Linda Martini que resulta em cheio em Toma o Comprimido.