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Zanadu!

Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

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Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

Acerca da difusão das lutas essenciais

por Tiago, em 22.11.16

Embora não me reveja no histerismo, paranóia e fundamentalismo em que por vezes me parece cair a discussão sobre discriminação, minorias e a obsessão do politicamente correcto, não quer dizer que não me interesse pelo tema do feminismo que, na minha visão, é apenas mais um combate (essencial) pela igualdade, entre outros que têm marcado a discussão pública nos tempos recentes, e ainda bem.

É mais fácil relacionarmo-nos com um tema se nos chegar por um qualquer meio que nos seja familiar. Neste caso em concreto, descobri agora que o ciclista colombiano Nairo Quintana tem tido uma acção directa e concreta em campanhas pela igualdade de género na sua terra natal, Boyacá, na Colômbia onde é bastante acirrada a cultura do machismo e onde 4 mulheres sofrem de violência por hora. Podem ler mais neste link.

Embora sempre o tenha tido por um ciclista de bom carácter (usou o prémio da primeira corrida que ganhou, ainda adolescente, para comprar uma máquina de lavar roupa para a mãe), foi algo surpreendente ver um vencedor da Volta a Itália, da Volta a Espanha e detentor de pódios da Volta a França, isto é, um dos melhores ciclistas do Mundo, envolvido tão a peito numa causa social deste género. Quem segue o desporto sabe que é tão fácil para um ciclista profissional, especialmente a este nível, fechar-se na sua bolha de treino, descanso, recuperação e competição e viver completamente à parte dos problemas reais da sociedade; especialmente num corredor como Quintana que passa a maior parte do ano na Europa onde estão as corridas onde ganha a vida e tem a responsabilidade de liderar uma das equipas mais importantes do pelotão.

Óptimo exemplo para todos os jovens que seguem o desporto e podem ter um ídolo que para lá de ser um ciclista fenomenal é uma pessoa para quem é totalmente óbvio e normal para um homem tomar conta das crianças e para quem é totalmente indiferente que a sua filha queira jogar à bola, ser ciclista ou qualquer outra coisa. Um exemplo enorme.

 Nairo Quintana e a sua filha Mariana no pódio da Volta a França em bicicleta.

Acerca dos efémeros Ataxia

por Tiago, em 12.11.16

Numa altura em que os Red Hot Chili Peppers voltam em grande forma às digressões com o seu novo álbum The Getaway, recheado de grande músicas como a canção-título, "Dark Necessities" ou "Goodbye Angels", é interessante olhar um pouco para as origens do actual guitarrista Josh Klinghoffer. O talento é inegável mas por vezes ficava a irritante sensação de que a banda não confiava nele o suficiente, mantendo-o com um volume baixo tanto na guitarra como na voz.

Parece que com este novo álbum, Josh Klinghoffer passou a ser um membro de facto da banda e aumentaram o volume ao homem já sendo possível ouvir a sua guitarra frenética e os seus peculiares backing vocals que, num estilo diferente do John Frusciante, oferecem belíssimas versões dos clássicos dos Red Hot.

A colaboração entre Klinghoffer e Frusciante já vem de há longo tempo sendo que um dos momentos mais altos foi o projecto Ataxia que em duas semanas gerou o material necessário para dois álbuns, Automatic Writing (2004) e AW II (2007). O primeiro álbum em particular é uma pérola perdida do rock alternativo, a descair para o psicadélico, com uma trovoada de guitarras de um Frusciante completamente à solta e num grande momento de forma. 

Consolemo-nos com "Dust", numa das 2 vezes que a banda actuou ao vivo, numa altura em que a carreira do Frusciante parece mais virada para as electrónicas (menos para as guitarras) e o Klinghoffer se tornou finalmente num guitarrista à altura dos Red Hot.

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