Acerca da delicadeza da voz gutural
Pessoa pacata que sou, tendo a desconfiar de estilos agressivos como death metal, black metal e outras coisas que tais. Parece-me muito barulho, saltos e gritos para nada. Tudo isto me passou quando travei conhecimento com o suave colectivo norueguês que dá pelo nome de Opeth. Comecei com alguma batota, pelos temas mais suaves e instrumentais como "Harvest" ou "Hope Leaves".
O ponto que me espanta sempre mais é a calma, fleuma e veia humorística do vocalista Mikael Åkerfeldt. O tipo passa as músicas a berrar de forma espectacular e depois pelo meio fica extremamente calmo a contar anedotas. Essa tranquilidade passa muito para o público que está por ali e, no máximo, abana a cabeça sem se mexer muito mais. É impressionante mas fui ver Opeth sem ser pisado, empurrado ou alguém se ter metido à minha frente. Nunca me aconteceu no Rock In Rio ou no Alive por exemplo. Bom, termina-se isto com "Bleak" a minha música preferida, do meu álbum preferido "Blackwater Park".