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Zanadu!

Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

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Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

Acerca do dilema de Mao e outros

por Tiago, em 04.01.14

A vida política de Mao Zedong desenvolveu-se numa encruzilhada entre a ideologia da revolução permanente e a détente como forma de sobrevivência num cenário internacional de Guerra Fria. É interessante perceber como, em determinadas circunstâncias, é difícil fazer política de bom senso em consonância com príncipios que são sempre vistos como pilares absolutos e inquestionáveis. Em larga medida, foi a opção pela ideologia que impulsionou Mao para os desastres do Grande Salto para a Frente (ou para a Fome) e da Revolução Cultural. No lado oposto do espectro, foi a realpolitik (opondo claramente o seu comunismo com o desprezado imperialismo norte-americano) que o levou a abrir-se aos EUA como forma de fazer frente à URSS. De facto, um dos pontos prévios das conversações conduzidas entre Henry Kissinger (conselheiro de Seguranção Nacional na administração Nixon) e Zhou Enlai (primeiro ministro chinês e principal braço direito de Mao), foi a afirmação dos ideais políticos de cada um e como esse não poderia ser um entrave ao diálogo.

Numa transição dramática, violenta e provavelmente despropositada, serve esta introdução para tentar perceber as opções e a visão estratégica do Orçamento de Estado para este ano. Pedro Passos Coelho apareceu como um suposto liberal; chegado ao Governo, tomou opções liberais como o aumento de impostos e a privatização indiscriminada de empresas. No entanto, as reformas que seriam expectáveis no Sistema de Segurança Social têm sido proteladas e substituídas por medidas conjunturais de circunstância. 

Ao que parece, em Portugal, já não há ideologia nem sequer uma política de bom senso que faça as reformas necessárias independentemente de pressupostos ideológicos. Há uma política de remendos, ao sabor do vento, e já não é mau.

 

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