Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Zanadu!

Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

Zanadu!

Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

Acerca da essência de ser inglês

por Tiago, em 04.02.13

Sendo português, tendo a identificar-me pouco com algumas das características que são geralmente apontadas como tipicamente portuguesas nomeadamente o amor doentio pela saudade e o facilitismo (ou facilidades?) que percorre transversalmente toda a sociedade, seja no trabalho, negócios, ensino e tudo mais.

Na preparação do Dark Side of the Moon, Roger Waters entrevistou várias pessoas acerca de coisas como comida preferida, último episódio de violência, cor favorita, etc. Sempre de modo a perseguir as questões fundamentais abordadas nas letras do álbum: dinheiro, loucura, isolamento, morte.

As melhores respostas, podem-se ouvir em Breathe e Eclipse e são da autoria do porteiro dos estúdios de Abbey Road que, curiosamente, era irlandês. Destaca-se a frase que encerra o álbum: There’s no dark side of the moon really. As a matter of fact it’s all dark. Este pessimismo anteriano (expressão curiosa que ouvi uma vez a Pedro Mexia no Governo Sombra) sempre foi algo que associei aos ingleses. Sempre cépticos (União Europeia o que é isso?), sempre pragmáticos, sempre derrotistas.

Também em Time, transparece uma sensação de cansaço, resignação e desistência. Em particular, o verso Hanging on in quiet desperation is the English way revela também o estoicismo e resume a calma como encaram a velhice, o fim da vida e a sensação de falhanço com que se faz a sua retrospectiva. Talvez tenha uma costela britânica afinal.

 

3 comentários

  • Imagem de perfil

    De Tiago a 13.05.2014 às 19:45

    "um sem fim de situações, ou momentos como tu lhe preferes chamar"
    Pensando bem prefiro mesmo situações, tem menos tendência para tornar uma frase foleira!...
    Quando dizes que ficas desiludida, estás a partir do pressuposto que eu tenho alguma coisa interessante a dizer ou partilhar. Na verdade não tenho. Não sei bem com que estado de espírito escrevi esse texto, mas como acontece tantas vezes com textos mais antigos, já não me revejo nisso.
    Quanto à questão das saudades, simplesmente faz-me alguma impressão ver pessoas, muitas vezes novas, agarradas a memórias recentes e banais em vez de pensar em novas experiências; basta olhar por essas redes sociais fora. Enfim, tenho a certeza que não me estou a conseguir fazer entender mas infelizmente não fui abençoado com o dom da palavra. Ficas à vontade para mais perguntas, talvez me explique melhor.
    Em resumo, isto é um blog incoerente, inconsistente, sem objectivos e que serve apenas para manter um conjunto de divagações. Obrigado por o teres visitado ainda assim!
    PS: Por curiosidade, quais são os dois ou três posts que referes no final?
  • Imagem de perfil

    De Honey Jade a 01.06.2014 às 22:54

    Não te conheço o suficiente para esperar seja o que for de ti, mas eu parti desse pressuposto porque com o teu post de apresentação colocaste a fasquia muito alta. Disseste que ias partilhar momentos (situações vá, que é para não ser muito foleiro!) daí eu ter ficado desiludida. Mas não te preocupes, agora que já baixaste a minha expectativa não me desiludo mais!

    Ainda bem que me deixas à vontade, vou-me aproveitar! Eu entendo o que queres dizer com isso das memórias, mas o que para ti é banal para outra pessoa pode não ser tanto assim. Não percebi essa ligação com as redes sociais, talvez me possas explicar melhor se quiseres, não quero impor a minha vontade a ninguém.

    Quanto à tua questão, para além deste post tens por exemplo “Acerca das virtudes de ouvir Renascença” que relembras uma situação que te deixou a pensar sobre as duas músicas, mas nada de especial. Por acaso até achei engraçado uma coisa que disseste nesse texto, mas ei de demonstrar a minha opinião depois se me permitires. “Acerca da fúria reprimida” também poderia ser uma situação da tua vida assim um pouco mascarada…mas provavelmente não estou certa devido à incoerência e afins do teu blog :)

    Mas olha…não sei se consigo acreditar quando dizes que não tens nada de interessante para partilhar… Será mesmo? Ou escolhes não o fazer? (Será que acabei de me contradizer? :P )

  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.

    Mais sobre mim

    foto do autor

    Arquivo

    1. 2017
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2016
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2015
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2014
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2013
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D

    Links

    Blogs