Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Zanadu!

Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

Zanadu!

Crónicas de Timbuktu, Trevim e Lisboa (nos melhores dias)

Acerca da Servidão Humana

por Tiago, em 14.10.16

A leitura mais interessante dos últimos tempos foi de longe "A Servidão Humana" de Somerset Maugham. Mais uma vez se comprova a minha teoria de infalibilidade dos clássicos, raramente falha e os clássicos são o melhor guia de sempre para quando preciso de me reencontrar com os livros depois de algumas experiência literárias menos proveitosas.

Na realidade terminei o livro sem perceber bem qual é a "moral" da história se bem que a procura da felicidade seja um tema mais ou menos transversal na história de Philip Carey. Outro tema muito abordado é o da obsessão, quer por uma pessoa, quer por um ideal artístico mais ou menos inalcançável. É se calhar essa a marca da verdadeira Arte: ainda que não possamos captar toda a sua essência devido às limitações do nosso intelecto, deixa uma marca mais ou menos profunda à qual voltamos mais tarde.

A minha experiência com este livro fica intimamente relacionada com os sítios onde o li e que incluem mas não se limitam a uma sombra na praia da foz do Âncora, um parque de merendas no Santuário de Santa Luzia, um relvado em Vila Nova de Cerveira, à borda do rio Minho, com vista para Espanha ou uma esplanada na avenida principal de Viana do Castelo. Poucos livros li em sítios tão recomendáveis e por isso será sempre recordado com memórias muito requintadas!

Acerca da Europa

por Tiago, em 26.09.16

Tem sido um período rico de leituras ou pelo menos com leituras bastante compensadoras. Um destaque claro para "A Servidão Humana" de Somerset Maugham, tanto pela escrita, como pela história e pelas memórias que me traz dos sítios onde o li. Mas enfim, antes de escrever sobre isso ainda preciso de perceber o que raio me prendeu naquele livro tendo em conta que a história está longe de me ser familiar e a empatia pelos personagens principais é cerca de zero.

Um dos temas que estava mais afastado nos últimos tempos era a política; deixei "Rough Riders" do Teddy Roosevelt a meio porque sinceramente não me estava a interessar nada apesar de ter imensa curiosidade pela personagem do Roosevelt desde que li "Império" do Gore Vidal. Penso que para a próxima vou tentar uma biografia em vez de livros escritos pelo próprio.

Assim, comprei o meu primeiro livro na Amazon: se nunca experimentaram não o façam, abre-se uma caixa de Pandora para tudo aquilo que sempre quisémos ler mas nunca encontrámos numa livraria! Deixa-me cá ver do "Arquipélago Gulag"... Comprei "The Revenge Of Geography" de Robert Kaplan, um jornalista americano que escreve este livro sobre a forma como a geografia e o desenho das fronteiras acabam por ter um papel determinante (se bem que não determinista) nos conflitos armados que sucederam no passado e que podem vir a suceder no futuro. Um livro de geopolítica sempre do ponto de vista americano mas muito interessante.

Ainda estou no início da leitura mas achei interessante uma citação que define a Europa da forma como a tenho visto e sentido nas viagens que pude fazer até hoje pelo coração do continente.

Central Europe, Mitteleuropa, was more of an idea than a fact of geography. It constituted a declaration of memory: that of an intense, deliciously cluttered, and romantic European civilization, suggestive of cobblestone streets and gabled roofs, of rich wine, Viennese cafés, and classical music, of a gentle, humanist tradition infused with edgy and disturbing modernist art and thought.

Acerca do Funeral e Ressurreição de Ricardo Reis

por Tiago, em 17.07.16

Como muitos dos jovenzinhos a quem foi imposto o "Memorial do Convento" no secundário, também eu fiquei horrorizado com o estilo (aparentemente) pesado e denso de José Saramago. Na realidade até achei a história uma das melhores coisas que já li, não só pelo enredo mas essencialmente pela profundidade e caracterização das personagens. Ainda assim, e pessoa inteligente que sou, tenho mantido nos últimos anos uma saudável distância de segurança entre mim e a obra do único Nobel da Literatura português.

Recentemente achei que estava a ser um bocado totó e decidi dar uma segunda oportunidade a Saramago. Era uma ideia que já me andava a corroer as entranhas e que ficou solidificada quando uma querida amiga me apelidou carinhosamente de besta inculta por dizer que não tinha gostado muito do estilo no "Memorial do Convento". Assim e também por pressão de um colega de casa, acabei por adquirir, nesse grandioso evento que é a Feira do Livro, o "Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "O Ano da Morte de Ricardo Reis".

Comecei por este último e bastaram 50 páginas para perceber que afinal eu era apenas um jovenzinho imaturo que nunca deveria ter lido o "Memorial do Convento" naquela altura do secundário; simplesmente não tinha capacidade para perceber e compreender a magia de um estilo de escrita tão próximo da oralidade mas com uma carga tão grande de referências políticas, sociais e literárias. Os devaneios do protagonista por zonas onde me desloco diariamente como o Cais do Sodré, Santa Catarina ou os Prazeres também contribuíram para ter gostado tanto do livro, mais até do que os diálogos com o fantasma do Pessoa ou a caracterização social do Portugal de Salazar.

Numa altura em que tanta gente faz actos de contrição quanto à selecção e ao seu estólido capitão, eu por mim mantenho todas as críticas e desdém quanto aqueles ursos; no entanto, quanto a Saramago devo confessar que não se tornou o meu escritor preferido mas vou ler mais livros de certeza porque há ali qualquer coisa de especial.

IMG_20160715_2300s50.jpg

Acerca da Boa América

por Tiago, em 18.06.16

Numa altura de pré-campanha eleitoral nos Estados Unidos é algo preocupante perceber como a democracia não encerra em si própria uma garantia de liberdades individuais de pensamento, culto ou circulação. Não é um garante sequer de um sistema político representativo e forte na defesa dos valores essenciais. É aquilo que os eleitores querem que seja e é assim que deve ser.

No entanto, embora seja tão divertido insistir na dualidade entre a lunaticidade de Trump e nas ligações sombrias de Clinton, eu prefiro continuar a olhar para a melhor América e acreditar na sua tradição de terra da liberdade, sonhos e oportunidades. Nesse sentido, não será surpreendente que seja um admirador de Springsteen e das suas músicas que narram as histórias quotidianas das dores de crescimento na América dos anos 60 com um enlevo poético sem se tornar intelectual; optimista sem ser pateta alegre; crítico sem ter palas revolucionárias

A luta da classe operária (não, isto não é um panfleto comunista enfeitado com um bonito panegírico à democracia da Coreia do Norte) e o esmagar de sonhos do quotidiano é um tema predominante em "The Promised Land", por exemplo, mas sempre de uma forma estóica e nunca depressiva.

I've done my best to live the right way 
I get up every morning and go to work each day
But your eyes go blind and your blood runs cold
Sometimes I feel so weak I just want to explode
Explode and tear this town apart
Take a knife and cut this pain from my heart

Gonna be a twister to blow everything down
That ain't got the faith to stand its ground
Blow away the dreams that tear you apart
Blow away the dreams that break your heart
Blow away the lies that leave you nothing but lost and brokenhearted

Esta insignificância fez-me sempre associar as letras de Springsteen às letras de Steinbeck que também dão um destaque superlativo à luta diária do homem comum. Essa enorme capacidade de percepção das questões sociais e a acutilância com que as abordam, desprezando igualmente ocas revoluções e alienações colectivas, sempre me pareceram aproximar imenso o músico e o cantor. Assim, foi com alguma naturalidade que descobri o álbum "The Ghost of Tom Joad", levemente baseado na personagem principal de "As Vinhas da Ira". É um álbum acústico, coisa que à partida me afasta porque acho que é preciso um talento muito raro para cativar apenas com voz e guitarra (o mesmo se aplica no fado), mas músicas como "Youngstown" ou "Straight Time" deitam abaixo qualquer cepticismo.

No entanto, é a música que dá nome ao álbum que mais se destaca em particular por transpôr de uma forma tão nítida aquilo que imaginei ao ler o livro de Steinbeck. Uma letra rica em imagens quase cinematográficas e uma apologia do activismo social no melhor sentido da expressão.

Men walking 'long the railroad tracks
Going someplace, there's no going back
Shelter line stretching 'round the corner
Welcome to the new world order
Families sleeping in the cars in the southwest
No home, no job, no peace, no rest

Now Tom said, "Mom, wherever there's a cop beating a guy
Wherever a hungry newborn baby cries
Where there's a fight against the blood and hatred in the air
Look for me, Mom, I'll be there
Wherever somebody's fighting for a place to stand
Or a decent job or a helping hand
Wherever somebody's struggling to be free
Look in their eyes, Ma, and you'll see me"

Acerca da infalibilidade dos clássicos

por Tiago, em 04.06.16

Depois de "Orgulho e Preconceito" e "Jane Eyre" que me encheram as medidas de maneiras diferentes, decidi continuar na onda dos clássicos e estrear-me a ler um livro de Joseph Conrad.

À partida, o livro que eu queria ler era o "Coração das Trevas": primeiro porque tenho o livro em formato digital algures perdido no computador; segundo porque fiquei fascinado com o conceito de um coração de África, uma floresta impenetrável que constitui uma barreira física, mental e cultural dificilmente ultrapassável; terceiro, e último, porque me despertou muita curiosidade a descrição de Michael Palin sobre esta zona do rio Congo e do contraste com a região do Transvaal no norte da África do Sul.

Como em muitas coisas, o Fado interveio na pessoa colectiva da CP-Comboios de Portugal e da sua forma arcaica de compra de títulos de transporte para comboios regionais que me fez passar um bonito par de horas na Estação do Oriente a um sábado de manhã. Lá fui espreitar a Feira do Livro, que lá está de forma mais ou menos consecutiva (e ainda bem), e trouxe dois ou três livros, no meio dos quais vinha "O Agente Secreto".

A história passa-se na Londres do final do século XIX e a personagem principal é o indolente Verloc, um agente secreto ao serviço de uma potência estrangeira e parte integrante de um grupo meio anarquista, meio revolucionário. No meio da preparação e execução de um atentado está a vida quotidiana do senhor Verloc, a sua mulher, o seu cunhado e a sua loja de artigos, vá, alternativos.

Além das personagens incaracterísticas, aborrecidas e genericamente indefinidas, a história é pouco convincente, há muito fumo de salões e pouco de explosões. A escrita em si também não me agradou particularmente, achei-a bastante soporífera e confusa. Decerto existirão méritos numa obra que se tornou um clássico e é uma referência do romance policial mas a verdade é que em nenhum momento lhe achei alguma piada e a muito custo a terminei.

Enfim, o pior é que agora fiquei com vontade nula de ler o "Coração das Trevas". Daqui a uns anos, talvez, quando me esquecer deste completo fiasco. Fica apenas uma encantadora descrição da sogra do senhor Verloc, com a qual todos podemos aprender.

Mas não permitiu que as suas apreensões interiores a privassem da vantagem de uma placidez venerável.

Acerca de Jane Eyre

por Tiago, em 12.04.16

Depois de "Orgulho e Preconceito" ficou-me a pulga atrás da orelha para ler "Jane Eyre", mais um clássico da literatura britânica. No entanto, e como não gosto de levar as coisas muito a eito, decidi fazer um ligeiríssimo interlúdio com um Prémio Nobel que ainda não conhecia, Yasunari Kawabata. Daqui há pouco a dizer, "Terra de Neve" não me deixou grande impressão: apesar de reconhecer a qualidade da escrita, tive dificuldade em perceber a relevância da história ou sequer identificar-me com as personagens.
Assim e voltando a Miss Eyre, isto começou muito mal com uma série de enganos da minha parte. As cenas em casa da tia e depois a adolescência no orfanato fizeram-me temer o pior: mais uma história trágica de uma criancinha com fome, uma espécie de Oliver Twist de saias, que não tem pais e vê a melhor amiga falecer. Depois, vi o trailer do filme de 2011 com o Michael Fassbender e a Mia Wasikowska, e temi que fosse uma história de assombramentos com fantasmas e material desse tipo. Depois disto, deixei de ser parvo e li o livro.

Foi uma leitura surpreendentemente rápida essencialmente porque a Jane é uma personagem forte de quem dá gosto acompanhar a evolução e a forma como cresce por entre as peripécias da vida. Além disso, a escrita tem um delicado equilíbrio entre acessível mas sem ser demasiado simplista e que prima pela forma como retrata os dilemas morais das personagens. Em comparação com "Orgulho e Preconceito", parece-me uma história (muito) mais madura, o que também se reflecte na escrita mais intrincada da Charlotte Bronte.
Mais do que uma história feminista como geralmente é anunciado, "Jane Eyre" é um livro sobre o facto de cada pessoa valer por si própria e não pelo valor que as outras pessoas lhe possam dar. É um elogio da abnegação aos princípios e de como essa é a única via para uma conduta moralmente irrepreensível e para vivermos em paz connosco próprios. 

Eu apreciei.

Acerca da importância pegar num livro

por Tiago, em 04.04.16

Churchill cared little for obtuse political or social theories; he was a man of action: state the problem, find a solution, and solve the problem. For a man of action, however, he was exceptionally thoughtful and well read. When serving as a young subaltern in India, he amassed a private library that included Aristotle’s Ethics and Politics, Plato’s Republic, Schopenhauer on pessimism, Malthus on population, and Darwin’s Origin of Species. Reading, for Churchill, was a form of action. After a lifetime of reading—from the sea-adventuring Hornblower novels to the complete Shakespeare and Macaulay—he possessed the acumen to reduce complex intellectual systems and constructs and theories to their most basic essences.

Acerca de Orgulho e Preconceito

por Tiago, em 02.03.16

Este post não poderia deixar de começar com um merecido louvor à belíssima livraria que pontifica na esquina da Calçada da Estrela com a rua da Bela Vista à Lapa. Nem sei bem o nome daquilo mas uma breve visita no intervalo de almoço foi o suficiente para lhe reconhecer o potencial de fazer mossa na minha carteira com as inúmeras edições a preço acessível e em capa dura, de folhas suavemente envelhecidas, de inúmeros clássicos dos quais saltaram à vista os Dostoievskis, Tolstois, os Gorkis mas também outros autores que ainda não tinha explorado como a Charlotte Brontë ou a Jane Austen.

Nesta visita trouxe, meio a contragosto, o "Orgulho e Preconceito" por uns muito competitivos 7€. E é precisamente pelo preconceito que se explica o facto de ter chega à provecta idade de 24 anos sem ler nada da sra. Austen. Com efeito, aquela Inglaterra vitoriana dos bailes, vestidos de folhos, o interior rural e bucólico, amores, desamores e pessoas com penteados esquisitos sempre me inspirou, logo à partida, o mais profundo tédio.

Numa primeira impressão, achei o livro bastante divertido o que vai muito contra o meu preconceito inicial: a fina ironia e crítica social de Austen faz-me lembrar um pouco a escrita do nosso Eça de Queirós, talvez num estilo mais subtil. O sr. Collins podia ser uma personagem de um qualquer romance do Eça espelhando a obsessão típica com a ascensão social e a possibilidade de subir na hierarquia, nem que para isso se tenha de prestar uma vassalagem ridícula e humilhante a personagens no mínimo desagradáveis como Lady Catherine, uma austera representante da nobreza de nariz empinado.

Tal era a minha ignorância acerca do livro que no início até me parecia que a protagonista seria Jane, a inocente irmã de Elizabeth e aí já estava a ver a coisa a descambar em tragédia de faca e alguidar. Receio infundado visto que depressa de percebe que é a encantadora Elizabeth a personagem principal em torno da qual se desenrola toda uma história de encontros e desencontros das irmãs Bennet com os seus potenciais pretendentes. É redutor reduzir o livro a um conjunto de romances visto que são abordados de uma forma contudente outros temas para além do casamento, com destaque para o dinheiro e as hierarquias sociais.

A personagem de Elizabeth é particularmente interessante quando consideramos que o livro foi escrito no início do século XIX; embora não seja aquilo a que se poderia chamar uma mulher independente e emancipada, Elizabeth não deixa ainda assim que sejam as convenções sociais a ditar a sua acção, sobrepondo a sua inteligência, perspicácia e determinação à conveniência de encontrar um marido e um casamento economicamente vantajoso.

Uma mulher em termos esta Elizabeth e, provavelmente, muito avançada para a época em que "viveu".

Acerca de encontros improváveis em 25º grau

por Tiago, em 21.02.16

Para minha grande surpresa, decobri num post do Delito de Opinião sobre Hemingway que, numa viagem do escritor por Hong Kong, este terá conhecido personagens tão incontornáveis e antagónicas como Zhou Enlai e Chiang Kai-Chek. Ainda mais surpreendido fiquei quando percebi que existe um filme da HBO, centrado na história de amor entre Hemingway e Martha Gellhorn (Clive Owen e Nicole Kidman), em que a cena do encontro com Zhou é retratada.

Se entendi bem, esta viagem ocorreu durante a época em que uma China dividida entre nacionalistas e comunistas se opõe ferozmente à invasão nipónica. É fantástico que uma personagem como Hemingway, uma celebridade no seu tempo, possa ter conhecido o Generalíssimo Chiang e um revolucionário como Zhou, mais tarde Primeiro-Ministro e braço direito de Mao durante os anos negros do Grande Salto em Frente e da Revolução Cultural. Zhou é um político especialmente interessante, caso típico de como preto e branco se confundem em ténues tons de cinza, que descobri primeiro pelos relatos de Kissinger e depois pela sua biografia The Last Perfect Revolutionary; este livro dava para aí uns 10 posts sobre a mais refinada intriga e maquinação política.

Reza a história que o casal Hemingway terá ficado extremamente impressionado com a lucidez e inteligência de Zhou, atributos que lhe eram reconhecidos de forma mais ou menos consensual por amigos e inimigos, e convencidos de que os comunistas acabariam por prevalecer na China.

 

Acerca da Peregrinação do Rapaz Sem Cor

por Tiago, em 11.02.16

Um dos melhores livros que li nas últimas semanas foi, de longe, a "Peregrinação do Rapaz Sem Cor" de Haruki Murakami. É notável que se tenha destacado tanto numa altura em que li uma sequência de livros muito interessantes como o "Arco do Triunfo" de Erich Maria Remarque, uma bela história com a Europa das vésperas da 2ª Guerra Mundial como pano de fundo, ou a épica viagem de Michael Palin, desde o Pólo Norte ao Pólo Sul, relatada em "De Pólo a Pólo".

O tema que me parece mais ou menos transversal a outros dos livros que já li de Murakami ("Sputnik Meu Amor", "A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol") é o das dores de crescimento, da transição entre adolescência e idade adulta, da forma como o tempo cria distâncias inultrapassáveis e diferenças subtis mas incontornáveis entre pessoas que foram próximas num qualquer tempo passado.

A peregrinação aparece aqui como uma metáfora para um ajuste de contas com o passado; é a crónica da  personagem principal colorless Tsukuru Tazaki  na tentativa de perceber um estranho acontecimento na sua adolescência que marca de forma decisiva o adulto Tskuru. E é o desbloquear desse trauma de juventude que pode dar ao protagonista a chave para um futuro com um saudável horizonte de felicidade.

Altamente recomendado! Já agora, porque é que os títulos em inglês são mais engraçados? Lamentavelmente, sem-cor Tskuru Tazaki não fica tão giro numa capa...

Será que os outros precisavam realmente dele? Não ficariam melhor sem a sua presença? Se calhar, dizia com os seus botões, ainda não se deram conta disso; talvez seja apenas uma questão de tempo...

Mais sobre mim

foto do autor

Arquivo

  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2016
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2015
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2014
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2013
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D

Links

Blogs